Não vou me permitir falar
de amor agora. Tudo que perdemos por medo, preconceito, revoltas ou ignorância
já não mais nos cabe. O que sinto é o peso de minhas tantas tentativas
frustradas e uma incrível saudade que já percebo de tudo que vamos deixar pra trás.
Terei que anular todos sonhos que germinaram com teu sorriso. Faltará fontes
aonde refrescar meu ser depois que dobrarmos nossas esquinas. Mas terei tantas
lembranças boas. Hoje posso confessar que sei viver de lembranças, como um
conta gotas que alimenta o pequeno grão de feijão que se enrola no algodão
úmido. O único mal perene em meu peito se chama esperança. É ela que me faz
acreditar que em algum momento seu coração se abrande. Que seus olhos não se
turvem a procura do que nos separa. E que um dia você lembre o caminho de volta
ao nosso lar.
Leometáfora
Leometáfora
Gostou? Postaremos toda semana textos de Hugo Leonardo Muniz, aqui no cangaço!
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