sexta-feira, 27 de julho de 2012

Entrevista com Orquestra de Belo Jardim


1-A quanto tempo a Orquestra existe?
Bom, na verdade a orquestra foi montada em, praticamente, um mês para a apresentação no II Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica na cidade de Florianópolis.
2-Qual é um dos objetivos principais da Orquestra além de fazer música?
Com esse trabalho que apresentamos (100 anos de Luiz Gonzaga) o objetivo foi  mostrar, de uma outra forma, a história de um dos maiores ícones da Música Popular Mundial.
3-Como foi o processo de criação para fazer o tributo a Luiz Gonzaga, que por sinal foi maravilhoso?
Obrigado. Foi feita uma pré-lista de umas 50 músicas que seriam mais relevantes na carreira musical de Luiz Gonzaga e que também não eram muito conhecidas, como por exemplo, Crepúsculo Sertanejo. Daí foi sendo montado o repertório através de votação do próprio grupo.
4-Em quem vocês se inspiraram para introduzir novos arranjos na música do Gonzagão?
Primeiramente como se trata de um grupo mais jovem e pessoas já acostumadas a tocar na noite, pensamos que poderíamos fazer novos arranjos com um toque mais sofisticado, mas, claro, sem perder o feeling das raízes da Música Nordestina. Aí entra em ação Elias Oliveira, Tiago Mota, Elizeu Silva e Marcos Gondim (Guga) que fizeram esses arranjos maravilhosos, juntando elementos do maracatu, coco-de-roda, pop e música eletrônica.
5-Vocês  estão quebrando um tabu de que  a música Pernambucana se resume apenas na Capital Recife e estão mostrando  que no interior existe muita coisa boa também, me contem mais um pouco sobre isso?
Antigamente acreditava-se que uma boa música só seria de qualidade se fosse produzida por pessoas de grandes centros musicais. Logo isso foi denominado de retrógrado por muitas pessoas da área. Não só em Pernambuco acontecia isso, mas em quase todo mundo. Mediante a essa conotação, foram tomadas posturas culturais de que a música é Universal e não depende de um grupo social ou político para que ela apareça; a música em si já é a própria política, a própria sociedade e a própria cultura de cada povo ou região e não é preciso delimitá-la para dizermos que é boa ou ruim. Música é Música e pronto.
6-Como vocês definem o repertório que vão tocar?
Seríamos suspeitos de falarmos, mas o repertório que tocamos traz uma releitura muito boa de grandes clássicos do eterno Rei do Baião unindo elementos do maracatu, coco-de-roda, pop e música eletrônica.
7-Definam musicalmente Pernambuco em uma palavra:
RICO.
8-Existe alguma interação de vocês com os artistas populares de Belo Jardim?
Não só de Belo Jardim como de Caruaru também, como é o caso de Erisson Porto, que além de ser aluno do Curso de Licenciatura em Música é um artista de nome relevante na região do Agreste Pernambucano.
9-Gostaria que alguns de vocês citassem músicos Pernambucanos que vocês gostam de escutar:
Capiba, Geraldo Azevedo, Clóvis Pereira, Dominguinhos, Onildo Almeida, Lenine, Chico Science, Lia de Itamaracá, Alceu Valença, Tavares da Gaita, Zé Dantas e claro Luiz Gonzaga entre outros que se formos citar daria uma grande lista.
10- Que mensagem vocês mandam para as pessoas que desejam fazer música?
Música antes de tudo é um dom. Não queira fazer música (aqueles que querem realmente) só por fazer ou por aventura. É uma responsabilidade e uma grande jornada para o resto da vida. Por parecer, praticamente fácil, não se engane. O DIFÍCIL É FAZER O SIMPLES. 

Bruna Menezes e Vitor Lima

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