1-A quanto tempo a Orquestra
existe?
Bom, na verdade a orquestra foi
montada em, praticamente, um mês para a apresentação no II Fórum Mundial de
Educação Profissional e Tecnológica na cidade de Florianópolis.
2-Qual é um dos objetivos
principais da Orquestra além de fazer música?
Com esse trabalho que
apresentamos (100 anos de Luiz Gonzaga) o objetivo foi mostrar, de uma outra forma, a história de um
dos maiores ícones da Música Popular Mundial.
3-Como foi o processo de criação
para fazer o tributo a Luiz Gonzaga, que por sinal foi maravilhoso?
Obrigado. Foi feita uma pré-lista
de umas 50 músicas que seriam mais relevantes na carreira musical de Luiz
Gonzaga e que também não eram muito conhecidas, como por exemplo, Crepúsculo
Sertanejo. Daí foi sendo montado o repertório através de votação do próprio
grupo.
4-Em quem vocês se inspiraram
para introduzir novos arranjos na música do Gonzagão?
Primeiramente como se trata de um
grupo mais jovem e pessoas já acostumadas a tocar na noite, pensamos que
poderíamos fazer novos arranjos com um toque mais sofisticado, mas, claro, sem
perder o feeling das raízes da Música Nordestina. Aí entra em ação Elias
Oliveira, Tiago Mota, Elizeu Silva e Marcos Gondim (Guga) que fizeram esses
arranjos maravilhosos, juntando elementos do maracatu, coco-de-roda, pop e
música eletrônica.
5-Vocês estão quebrando um tabu de que a música Pernambucana se resume apenas na
Capital Recife e estão mostrando que no
interior existe muita coisa boa também, me contem mais um pouco sobre isso?
Antigamente acreditava-se que uma
boa música só seria de qualidade se fosse produzida por pessoas de grandes
centros musicais. Logo isso foi denominado de retrógrado por muitas pessoas da
área. Não só em Pernambuco acontecia isso, mas em quase todo mundo. Mediante a
essa conotação, foram tomadas posturas culturais de que a música é Universal e
não depende de um grupo social ou político para que ela apareça; a música em si
já é a própria política, a própria sociedade e a própria cultura de cada povo
ou região e não é preciso delimitá-la para dizermos que é boa ou ruim. Música é
Música e pronto.
6-Como vocês definem o repertório
que vão tocar?
Seríamos suspeitos de falarmos,
mas o repertório que tocamos traz uma releitura muito boa de grandes clássicos
do eterno Rei do Baião unindo elementos do maracatu, coco-de-roda, pop e música
eletrônica.
7-Definam musicalmente Pernambuco
em uma palavra:
RICO.
8-Existe alguma interação de
vocês com os artistas populares de Belo Jardim?
Não só de Belo Jardim como de
Caruaru também, como é o caso de Erisson Porto, que além de ser aluno do Curso
de Licenciatura em Música é um artista de nome relevante na região do Agreste
Pernambucano.
9-Gostaria que alguns de vocês citassem
músicos Pernambucanos que vocês gostam de escutar:
Capiba, Geraldo Azevedo, Clóvis
Pereira, Dominguinhos, Onildo Almeida, Lenine, Chico Science, Lia de Itamaracá,
Alceu Valença, Tavares da Gaita, Zé Dantas e claro Luiz Gonzaga entre outros
que se formos citar daria uma grande lista.
10- Que mensagem vocês mandam
para as pessoas que desejam fazer música?
Música antes de tudo é um dom.
Não queira fazer música (aqueles que querem realmente) só por fazer ou por
aventura. É uma responsabilidade e uma grande jornada para o resto da vida. Por
parecer, praticamente fácil, não se engane. O DIFÍCIL É FAZER O SIMPLES.
Bruna Menezes e Vitor Lima
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